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FACHIN DÁ MAIS TRÊS DIAS PARA TEMER RESPONDER À PF


Presidente não entregou as respostas às 82 questões da PF no prazo determinado inicialmente, de 1 dia; ele agora terá até às 17h de sexta para apresenta-las



O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachinatendeu nesta terça-feira ao pedido do presidente Michel Temer e lhe concedeu mais três dias para responder às 82 perguntas feitas pela Polícia Federal no inquérito em que ele é investigado por corrupção, obstrução de justiça e organização criminosa com base na delação da JBS — o prazo determinado anteriormente era de 24 horas e expirou nesta tarde.


Fachin definiu que as respostas devem ser apresentadas de modo “improrrogável” até às 17 horas desta sexta-feira, dia 9 de junho — Temer tem o direito de não entrega-las. “Em análise pautada pelo princípio da razoabilidade compreendo possível deferir o pleito, especialmente considerando o número de perguntas formuladas, bem como o fato de que, em princípio, não adviria prejuízo à investigação a postergação do prazo anteriormente assinalado”, escreveu o ministro do STF.


Nesta terça-feira, a defesa de Temer pediu ao ministro “elevado bom senso” para adiar a entrega das respostas. O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira afirmou ser “absolutamente impossível e contrário ao princípio da razoabilidade” cumprir o prazo de um dia, argumentando que as questões são complexas e que o presidente tem uma agenda bastante movimentada.

A Polícia Federal perguntou a Temer sobre a sua relação com o empresário Joesley Batista, com o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), com o operador financeiro Lúcio Funaro e com o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) — os três últimos estão presos e o primeiro fechou acordo de delação premiada em troca do perdão pelos crimes confessados.

De forma incisiva, a PF também o questionou sobre os motivos de ter dito “tem que manter isso” em conversa gravada por Joesley e de ter se encontrado com dono da JBS fora da agenda oficial. Pergunta ainda se considera normal esse tipo de visita, pedindo-o para citar pelo menos três empresários com quem teve encontros em circunstâncias análogas.

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