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Câmara aprova projeto do novo marco regulatório do gás e põe fim a monopólio da Petrobras, o cabresto encurtou

 


Na madrugada desta quarta-feira (17), a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4.476 de 2020, que trata do novo marco regulatório do setor de gás.

Durante a votação, os deputados rejeitaram todas as emendas do Senado. O projeto segue agora para sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro.O texto aprovado prevê, entre outras medidas, a desconcentração do mercado, não permitindo que uma mesma empresa possa atuar em todas as fases, da produção/extração até a distribuição (o fim do monopólio da Petrobras neste segmento); e o uso de autorização em vez da concessão para a exploração do transporte de gás natural pela iniciativa privada.

A Petrobras já decidiu deixar o negócio de distribuição de gás para viabilizar a abertura do mercado nos estados.

O projeto faz parte do plano Novo Mercado de Gás, com o qual o ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende promover o que ele chama de “choque de energia barata” para incentivar uma reindustrialização do país. A nova legislação, segundo o ministro, pode estimular investimentos de cerca de R$ 40 bilhões.

O novo marco regulatório do gás diz ainda que as autorizações não terão tempo definido de vigência e podem ser revogadas somente a pedido da empresa; se ela falir ou descumprir obrigações de forma grave; se o gasoduto for desativado ou se a empresa interferir ou sofrer interferência de outros agentes da indústria do gás.

Segundo as novas regras, caso haja mais de um interessado para a construção de um gasoduto, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deverá realizar processo seletivo público.

A ANP deverá acompanhar o mercado de gás natural para estimular a competitividade e reduzir a concentração, usando mecanismos como a cessão compulsória de capacidade de transporte, escoamento da produção e processamento; obrigação de venda, em leilão, de parte dos volumes de comercialização detidos por empresas com elevada participação no mercado; e restrição à venda de gás natural entre produtores nas áreas de produção.

*De Gazeta Brasil, com informações de Agência Câmara

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