O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes e o Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras, afirmaram que a Lava Jato praticou “torturas”. Eles criticavam os métodos utilizados pela operação.
Ambos deram as declarações durante evento on-line da revista ConJur nesta segunda-feira (07). O tema era “O combate ao crime além da Lava Jato”.
Gilmar afirmou que as delações produzidas pela Lava Jato foram impróprias e não condiziam com a verdade, sendo assim, imprestáveis: “E por quê? Porque obtidas, vamos dizer assim, sob uma forma de verdadeira tortura. E isso precisa ser discutido”.
Aras concordou com o ministro e também criticou as “prisões alongadas” durante a Lava Jato. “Nós vimos de forma atônita as prisões alongadas como forma de pressionar e mesmo até de tortura psicológica”, afirmou o PGR.
O procurador-geral também citou medidas, como a condução coercitiva, que foram utilizadas pela operação coordenada pelo ex-procurador Deltan Dallagnol.