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Brandão e Flávio Dino podem até divergir, mas nada ainda trincou essa aliança política que os une

Carlos Brandão e Flávio Dino na passagem do bastão: aliança continua sólida, e forte como nunca.

O governador Carlos Brandão (PSB) saiu em defesa do ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, reagindo aos ataques de vozes da extrema-direita. Entre elas o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que tentaram politizar a visita que o ministro fez ontem ao Complexo da Maré, o maior conjunto de favelas do Rio de Janeiro, onde se reuniu com líderes comunitários. 

Em defesa ao ministro, o governador Carlos Brandão repudiou os ataques e apoiou a iniciativa do ministro, afirmando que “o bom governo se faz perto de quem realmente precisa”. A atitude do governador Carlos Brandão foi uma demonstração de que as especulações sobre um suposto distanciamento entre ele e o ministro Flávio Dino não fazem sentido. 

O disse-não-disse sobre a suposta crise ganhou tom frenético em alguns veículos de comunicação da blogosfera, pelo simples fato de que o ministro da Justiça não participou da abertura do 1º Congresso do Municipalismo Maranhense, na segunda-feira (13), presidida pelo governador, e que no contraponto o governador não prestigiou a palestras do ministro, na terça-feira (14), situação vista por alguns como sintoma agudo da tal “crise”. Tanto que algumas brandonistas e dinistas cuidaram de apagar o “incêndio”. Não era nada disso! Brandão e Dino estão firmes e mais juntos do que nunca.

O Maranhão tem o seguinte desenho neste momento: sob o comando de Carlos Brandão, chancelado por reeleição em turno único. O governo é sustentado por uma ampla base partidária, na qual o maior partido é o PSB, e da qual fazem parte o governador e o seu principal aliado, o senador licenciado Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública. 

Alguns segmentos estão na oposição, mas não se manifestam. Até onde a realidade é palpável, o governador não se envolve nos assuntos do Ministério da Justiça, nem tão pouco o ministro interfere nos assuntos do Governo do Estado. Carlos Brandão montou seu Governo por escolhas próprias e acatando indicações de aliados, entre eles, claro, o ministro Flávio Dino. 

Houve, naturalmente, discussões normalíssimas sobre essa ou aquela indicação, tudo democraticamente, mas não há um só caso de rejeição. Montada a equipe, o governador está dando a direção que considera mais adequada ao seu Governo. O ministro, por sua vez, comanda o seu ministério dentro da linha acertada com o chefe dele, o presidente da República.

Cada um com a sua visão de mundo e com a sua maneira de conduzir produtivamente as máquinas complexas que estão sob as suas orientações. Carlos Brandão e Flávio Dino certamente podem até divergir sobre itens pontuais, mas eventuais choques de visão não comprometem a estabilidade da relação política que os mantêm alinhados há oito anos, em uma aliança firme e sólida.

O não encontro deles no Congresso organizado pela Famem nada tem com o relacionamento dos dois. Movido a pragmatismo, o presidente da Famem, Ivo Rezende (PSB), escalou naturalmente o governador para presidir a abertura, que foi politicamente muito expressiva; logicamente, agendou o ministro para o dia seguinte. Se os dois tivessem participado do primeiro dia, o segundo dia seguramente seria esvaziado, assim foi a visão sábia do presidente da Famem, prefeito Ivo Rezende. 

Lógico que depois, não faria sentido o governador Carlos Brandão não comparecer à festa de aniversário de Santa Inês, um dos maiores municípios do Maranhão, onde venceu a eleição, só para ouvir uma palestra do ministro Flávio Dino. Da mesma maneira, não faria sentido o ministro Flávio Dino, com os problemas que enfrenta, antecipar em um dia sua chegada a São Luís só para participar da abertura do evento municipalista. 

Vale registrar que tanto a abertura do 1º Congresso do Municipalismo Maranhense quanto a palestra do ministro no segundo dia, foram prestigiadas pelos outros dois chefes de Poder no Maranhão, a presidente da Assembléia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale (PSB), e o desembargador Paulo Velten, presidente do Poder Judiciário.

Na ciranda da política, nenhuma possibilidade pode ser descartada. Até o momento, no entanto, possíveis, mas ainda não evidenciados, focos de tensão podem estar existindo na cúpula da aliança governista. Poderá haver ajustes partidários, alterações no formato da base, eventuais afastamentos, mas nada que possa ser antevisto como uma crise de rompimento. O governador Carlos Brandão e o ministro Flávio Dino têm bons motivos para continuarem juntos, apesar daqueles que torcem contra.

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