Na terça-feira (8), o presidente americano Donald Trump elevou as tarifas sobre produtos importados da China para 104%, em uma retaliação à resposta inicial de Pequim às suas políticas comerciais. Os 84% de tarifas anunciados pela China nesta quarta-feira são o resultado da soma dos 34% já existentes com um novo aumento de 50 pontos percentuais, que entrará em vigor na quinta-feira (10).
O dólar opera em forte alta nesta quarta-feira (9), ultrapassando a marca de R$ 6, em meio à crescente apreensão do mercado financeiro global com a intensificação da guerra de tarifas entre os Estados Unidos e a China. A moeda americana chegou a atingir a máxima de R$ 6,0961 durante o dia, sendo negociada a R$ 6,06 por volta das 12h20.
Simultaneamente, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), opera em queda, refletindo o clima de incerteza e a aversão ao risco no cenário internacional.
A forte reação do mercado cambial e da bolsa brasileira ocorre após a China anunciar, nesta manhã, a imposição de tarifas de 84% sobre produtos americanos. Essa nova taxa representa um aumento de 50 pontos percentuais sobre os 34% que já haviam sido implementados na semana passada. A elevação das tarifas chinesas é a mais recente resposta à escalada de medidas protecionistas iniciada pelos Estados Unidos.
Do lado americano, as tarifas de 104% são compostas pelos 50% anunciados por Trump em 2 de abril, somados às medidas retaliatórias contra Pequim divulgadas nesta semana.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, afirmou nesta quarta-feira que o país está aberto a discussões com os Estados Unidos para encontrar uma solução para a crescente disputa comercial. No entanto, ele ressaltou que “os Estados Unidos continuam abusando das tarifas para pressionar a China” e que “a China se opõe firmemente a isso e jamais aceitará esse tipo de intimidação”.
Gazeta Brasil