A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou nesta quinta-feira (16) a quebra de sigilo do advogado Eli Cohen, considerado o pivô das primeiras denúncias de fraudes em descontos previdenciários. Foram aprovados dois requerimentos que solicitam informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
O primeiro requerimento pede o envio do Relatório de Inteligência Financeira (RIF) de Cohen com dados de janeiro a setembro de 2025. O segundo amplia o intervalo temporal, abrangendo informações desde 1º de janeiro de 2015 até 7 de outubro de 2025. Segundo a comissão, os documentos ajudarão a mapear movimentações financeiras suspeitas vinculadas às acusações de desvios no INSS.
Eli Cohen ganhou destaque na CPMI ao revelar supostas irregularidades envolvendo a atuação de delegados e a proteção de interesses de empresários, como Maurício Camisotti, em casos ligados ao INSS.
A decisão da maioria governista na comissão gerou críticas da oposição, que considerou a medida uma forma de intimidação ao advogado. Senadores como Rogério Marinho (PL-RN) e Sérgio Moro (União-PR) afirmaram que o requerimento tem caráter político, ligado à base de apoio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Gazeta