Imagens divulgadas neste sábado (18) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mostraram o momento em que as forças armadas norte-americanas atacaram um “narcosubmarino” no mar do Caribe, reacendendo o debate sobre a ofensiva antidrogas do país na região.
Segundo o governo norte-americano, a embarcação transportava fentanil e outros entorpecentes ilegais, com destino aos Estados Unidos. Trump afirmou em sua conta na rede Truth Social que a operação foi um “ato de defesa nacional”.
“Dois dos terroristas morreram. Pelo menos 25 mil americanos morreriam se eu permitisse que este submarino chegasse à costa”, escreveu o presidente.
O vídeo compartilhado por Trump mostra o submarino navegando em águas caribenhas antes de ser atingido por um míssil disparado pelas forças armadas dos EUA. Nenhum militar americano ficou ferido na ação.
O ataque, ocorrido na última quinta-feira (16), deixou dois tripulantes mortos e outros dois feridos, que sobreviveram e serão repatriados para Colômbia e Equador, onde devem responder por tráfico de drogas.
Este foi o primeiro ataque em que houve sobreviventes, segundo autoridades norte-americanas. Nos cinco confrontos anteriores, 27 suspeitos morreram e não foram registradas prisões.
Trump identificou os dois sobreviventes como cidadãos da Colômbia e do Equador. Eles serão enviados aos seus países de origem para enfrentar acusações de narcotráfico. O governo dos EUA não informou quantas pessoas estavam a bordo nem o estado de saúde dos sobreviventes.
A administração Trump defende que essas operações são legais, alegando que os Estados Unidos estão em um “conflito armado não internacional” com organizações narcoterroristas baseadas na Venezuela. Segundo a Casa Branca, isso legitima o uso da força militar na região.
Trump costuma divulgar vídeos desses ataques em suas redes sociais, descrevendo os mortos como “narcotraficantes”. Ele afirma que cada embarcação destruída salva cerca de 25 mil vidas americanas, reforçando que a ofensiva é necessária para conter o avanço do fentanil.
