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Jucelino Filho combate fake News, recebe perdão e continua Ministro das Comunicações do governo Lula

Jucelino Filho durante reunião com o presidente Lula.

Juscelino Filho continua titular do Ministério das Comunicações, representando a bancada federal do União Brasil no Governo do presidente Lula da Silva (PT). O resultado da sua reunião com o presidente da República, que decidiu aceitar as suas explicações e mantê-lo no cargo, frustrou parte da cúpula e uma fatia graúda do PT e muitos aliados.

Explicações de Jucelino Filho convence o presidente Lula e fake News contra o ministro são desfeitas.


Por outro lado, a decisão de mantê-lo ministro deu ao presidente Lula da Silva um argumento forte para garantir – pelo menos por enquanto -, os votos do União Brasil a favor de matérias decisivas para o futuro do Governo no Congresso Nacional. Lula da Silva avaliou que um eventual desgaste causado por um eventual deslize do jovem ministro é bem menos danoso do que os custos políticos de uma crise com o União Brasil, que saiu em defesa do seu parlamentar. Ou seja, quem apostou na queda do ministro das Comunicações errou na aposta.

Ai sair, ontem, do Palácio do Planalto, após uma longa conversa com o presidente Lula da Silva, o ministro Juscelino Filho exibia a certeza de que tudo havia passado. E esse estado de ânimo foi externado em nona divulgada nas suas redes sociais: “Saí há pouco do Palácio do Planalto, onde tive uma reuniu muito positiva com o presidente Lula. Na ocasião, esclareci as acusações infundadas feitas contra mim, e detalhei alguns dos vários projetos e ações do Ministério das Comunicações. Temos trabalho pela frente!” A mensagem não deixou dúvidas de que o presidente Lula da Silva aceitou as suas explicações e evitou uma refrega com o União Brasil.

Juscelino Filho demonstrou com clareza que seu fôlego político é bem longo do que muitos acreditam e que seu espaço dentro do União Brasil é bem mais amplia do que se pode avaliar de longe. Quando tirou o DEM do controle da família Fecury, caiu nas graças do então senador José Agripino Maia, à época presidente do partido, e construiu uma relação firme com o então prefeito de Salvador e herdeiro do carlismo, ACM Neto, o mais importante cacique da legenda. Depois, foi um dos articuladores da fusão do DEM com o PSL para formar o atual União Brasil. Essas relações, costuradas com esmero, deram a Juscelino Filho um surpreendente poder de fogo partidário, que foi traduzido nos espaços que ocupou no seu primeiro mandato parlamentar: foi vice-líder do DEM, ganhou a relatoria do projeto de revisão do Código de Trânsito, que lhe deu muita visibilidade, e foi eleito presidente da Comissão de Ética da Câmara Federal, cargo só ocupado por deputados com força partidária e reconhecidos por reputação ilibada. Entrou e saiu de cada posto ileso.

Sua indicação para o Ministério das Comunicações, área multifacetada onde existem inúmeros conflitos de interesse, o jogo foi mais pesado. Tão logo assumiu, o ministro foi acusado de haver usado as emendas do “orçamento secreto” para bancar sua reeleição, atender a interesses da sua família e beneficiar empresários amigos. Usando a tática do silêncio, o ministro Juscelino Filho resistiu ao primeiro ataque. E quando tudo parecia entrar numa situação de rotina, veio a pancada do uso indevido do avião da FAB para participar de um leilão de cavalos de raça no interior de São Paulo, em janeiro, com direito a diárias. Inicialmente, poucos acreditavam, que ele resistiria. Com o passar dos dias, a situação antes desfavorável, foi se invertendo. E ontem veio a notícia da sobrevivência.

A compreensão do presidente Lula da Silva deu força ao ministro das Comunicações, mão não o livrou da mira de uma imprensa atenta e alimentada por adversários. Na sexta-feira, enquanto o ministro ainda se encontrava no exterior, o site de notícia Metrópoles publicou extensa reportagem na qual compara a família do ministro a uma máfia política que controla a região de Vitorino Freire à base de violência e pressão política. Um indicador claro de que o jogo duro contra ele vai continuar.

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