Ao todo, 66 mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e estão sendo cumpridos nos estados de São Paulo (45 mandados), Sergipe (12), Amazonas (1), Rio Grande do Norte (1), Santa Catarina (2), Pernambuco (2), Bahia (2) e no Distrito Federal (1).
De acordo com a PF, o objetivo da nova fase é aprofundar as investigações e esclarecer a prática de crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro. Nesta etapa, o foco está em três empresas suspeitas de estruturar a lavagem de capitais do esquema criminoso.
A primeira fase da operação foi deflagrada em abril deste ano, quando a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU) cumpriram 211 mandados judiciais, incluindo ordens de busca e apreensão, sequestro de bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão e seis prisões temporárias. Na época, o prejuízo estimado era de R$ 6,3 bilhões, acumulados entre 2019 e 2024.
As investigações apontam que entidades aplicavam descontos diretamente sobre os benefícios previdenciários com o uso indevido de dados de beneficiários e possível participação de agentes públicos.
Em setembro, o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, foi preso pela Polícia Federal em uma ação relacionada à mesma operação. Segundo a corporação, Antunes é apontado como um dos principais operadores do esquema, responsável por fraudes que somaram mais de R$ 6,3 bilhões em descontos.
A PF afirma que os crimes investigados envolvem estelionato qualificado, peculato, corrupção ativa, uso de documentos falsos, lavagem de capitais e organização criminosa.
Gazeta Brasil