CEO da OpenAI, Sam Altman, já reconheceu publicamente a preocupação com possíveis perdas de empregos
Um relatório da OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT, identificou 44 profissões que podem ser substituídas por sistemas avançados de inteligência artificial, aumentando a preocupação sobre a estabilidade e o futuro do emprego em diversos setores.
Não existe uma lista oficial e única de exatamente "44 profissões que podem ser substituídas" que seja universalmente aceita, pois o impacto da Inteligência Artificial (IA) varia de acordo com a função e o setor. No entanto, estudos de organizações como Microsoft, Fórum Econômico Mundial e OIT identificaram diversas profissões com alto risco de automação.
As profissões mais suscetíveis à substituição ou grande impacto pela IA são aquelas que envolvem tarefas repetitivas, baseadas em regras fixas e processamento de dados em larga escala.
Abaixo estão exemplos de profissões e áreas de trabalho que provavelmente serão significativamente impactadas:
O estudo utilizou uma metodologia de comparação cega chamada GDPval, na qual especialistas humanos avaliaram tarefas realizadas tanto por modelos de IA quanto por profissionais, sem saber quem havia produzido cada resultado.
Os avaliadores escolheram a opção que consideravam melhor, permitindo medir de forma objetiva o desempenho das IAs em relação aos trabalhadores humanos em nove setores econômicos essenciais dos Estados Unidos.
Entre os modelos analisados, o Claude Opus 4.1, da Anthropic, superou profissionais humanos em 47,6% dos casos, enquanto o modelo GPT5-high, da OpenAI, teve 38,8% de sucesso.
Profissões com maior risco de substituição
Entre as 44 ocupações consideradas mais vulneráveis, algumas apresentam taxas de substituição extremamente altas. Os atendentes de balcão e aluguel aparecem como os mais expostos, com 81% das tarefas sendo melhor executadas pela IA.
Em seguida vêm os gerentes de vendas, superados em 79% das avaliações.
Até mesmo profissões tradicionalmente vistas como altamente humanas, como detetives particulares e investigadores, mostraram grande vulnerabilidade, com 70% de substituição.
Veja a lista na íntegra:
Atendentes e agentes de aluguel – 81%
Gerentes de vendas – 79%
Funcionários de expedição, recebimento e controle de estoque – 76%
Editores – 75%
Desenvolvedores de software – 70%
Detetives e investigadores particulares – 70%
Oficiais de conformidade (compliance officers) – 69%
Supervisores de primeira linha de equipes de vendas não varejistas – 69%
Representantes de vendas no atacado e manufatura (exceto produtos técnicos e científicos) – 68%
Gerentes gerais e de operações – 67%
Gerentes de serviços médicos e de saúde – 65%
Compradores e agentes de compras – 64%
Consultores financeiros pessoais – 64%
Gerentes de serviços administrativos – 62%
Representantes de atendimento ao cliente – 59%
Supervisores de primeira linha de trabalhadores de vendas no varejo – 59%
Supervisores de primeira linha de produção e operações – 58%
Enfermeiros especializados (nurse practitioners) – 56%
Corretores de imóveis – 54%
Analistas de notícias, repórteres e jornalistas – 53%
Gerentes de sistemas de computação e informação – 52%
Supervisores de primeira linha de policiais e detetives – 49%
Representantes de vendas de produtos técnicos e científicos – 47%
Advogados – 46%
Especialistas em gestão de projetos – 42%
Assistentes sociais infantis, familiares e escolares – 42%
Secretários médicos e assistentes administrativos – 42%
Agentes de vendas de valores mobiliários, commodities e serviços financeiros – 42%
Supervisores de primeira linha de escritórios e equipes administrativas – 41%
Analistas de investimentos financeiros – 41%
Trabalhadores de recreação – 37%
Enfermeiros registrados – 37%
Gerentes de propriedades, imóveis e associações comunitárias – 34%
Gerentes financeiros – 32%
Produtores e diretores – 31%
Técnicos de áudio e vídeo – 30%
Concierges – 29%
Auxiliares de pedidos e controle de estoque (order clerks) – 28%
Corretores de imóveis autônomos – 27%
Farmacêuticos – 26%
Contadores e auditores – 24%
Engenheiros mecânicos – 23%
Engenheiros industriais – 17%
Editores de cinema e vídeo – 17%
